sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O que é? E como funciona a quimioterapia?



O nome Quimioterapia, por si só, já causa muito medo nas pessoas. Queda de cabelos, naúseas e vômitos, Anemia e baixa imunidade, são alguns dos efeitos colaterais, que provocam este medo. Vamos entender um pouco como funciona e como a Quimioterapia age em nosso corpo.

Ela é um método que utiliza, desde a década de 1940, compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças, principalmente ao câncer.
A Quimioterapia contém dezenas de medicamentos, e um paciente recebe uma combinação de vários deles para atingir o efeito desejado, buscando através deste coquetel, impedir a proliferação rápida e desordenada das células doentes.

O câncer é um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células, que invadem o corpo e, quando se acumulam, formam tumores. Essas células cancerígenas se dividem em grande velocidade. E os quimioterápicos são drogas especializadas em destruir exatamente as células que se desenvolvem rapidamente. Assim, elas conseguem matar parte das células cancerígenas e impedir que o tumor continue crescendo. O problema é que, com o tratamento, também vêm os efeitos colaterais. "Além das células do câncer, o quimioterápico também age sobre outras células de divisão rápida, que estão sempre se renovando. É o caso do cabelo, da pele, da unha, das mucosas e da medula", explica Lied Pereira, responsável pelo setor de oncologia do Hospital das Clínicas da UNESP de Botucatu (SP).

Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram hipoplasia medular e linfóide (redução de deficiência medular), o que levou ao seu uso no tratamento dos linfomas malignos. A partir da publicação, em 1946, dos estudos clínicos feitos com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do ácido fólico em crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia antineoplásica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas.



A quimioterapia pode ser feita com a aplicação de um ou mais quimioterápicos. O uso de drogas isoladas (monoquimioterapia) mostrou-se ineficaz em induzir respostas completas ou parciais significativas, na maioria dos tumores, sendo atualmente de uso muito restrito.

A poliquimioterapia é de eficácia comprovada e tem como objetivos atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e promover maior resposta por dose administrada.

Pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. Sendo Classificada de acordo com as suas finalidades, em:

  • Curativa - É usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores.
  • Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância.
  • Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia.
  • Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. É o caso da quimioterapia indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão.

Como as células do cabelo se renovam sempre, e depressa, são identificadas pelos quimioterápicos como se fossem células tumorais. Por isso, em geral os pacientes ficam carecas.

As células das mucosas também se multiplicam constantemente, e acabam levando chumbo. O trato digestivo é afetado, provocando náuseas e vômitos, e é comum surgirem aftas na boca.

Outras que sofrem são as células do sangue. As drogas matam hemácias, causando anemia, e glóbulos brancos e plaquetas, fragilizando o sistema imunológico e a capacidade de cicatrização

Provoca também a mudança da cor das unhas e da pele e feridas nas mucosas.



A maioria dos pacientes sofre com os efeitos secundários do tratamento, mas normalmente eles não são muito intensos e vale a pena continuar com a quimioterapia. Os efeitos colaterais dependem de cada paciente e podem se tornar amenos com o tempo.

Para evitar os efeitos tóxicos intoleráveis dos quimioterápicos e que eles ponham em risco a vida dos pacientes, são obedecidos critérios para a indicação da quimioterapia. Esses critérios são variados e dependem das condições clínicas do paciente e das drogas selecionadas para o tratamento.

Os remédios são aplicados em conjunto, pois cada um age numa etapa diferente do crescimento das estruturas cancerosas. O tratamento tem duração variável, dependendo do tipo de tumor, e pode ser administrado de várias formas, desde via oral até intravenosa. Independente da forma de administração, as drogas quimioterápicas são carregadas pelo sangue para todas as partes do corpo, combatendo as células do câncer ao mesmo tempo em que impedem que elas se espalhem pelo organismo.

Dependendo do tipo de tumor, a terapia sozinha já consegue acabar com a doença.

Atualmente, dispomos de mais ou menos 70 drogas diferentes, algumas mais tóxicas, outras pouco tóxicas.

Formas de tratamento:

  • Via oral: através de comprimidos, cápsulas e líquidos;
  • Via intravenosa: os medicamentos são aplicados na veia através de cateteres, injeções ou misturados ao soro;
  • Via intramuscular: são dadas injeções no músculo do paciente;
  • Via subcutânea: os medicamentos são aplicados através de injeções sob a pele;
  • Via intracraneal: as injeções com os medicamentos são aplicadas por um enfermeiro ou médico no líquido da espinha dorsal. É um método pouco utilizado;
  • Uso tópico: os medicamentos são aplicados na forma de líquido ou pomada nos locais onde há lesões.


Durante o tratamento com a quimioterapia, a ingestão de bebidas alcoólicas é permitida desde que em pequenas quantidades, sendo que não poderá haver ingestão de qualquer bebida alcoólica dias antes ou depois das aplicações de quimioterapia.

As mulheres podem ter um aumento, diminuição ou até mesmo ausência da menstr
uação. Em qualquer um desses casos o médico deverá ser comunicado.

Cuidado no Sexo! A quimioterapia não causa impotência sexual, sendo que o que pode levar o paciente a não ter relações está ligado à parte emocional e não física. A mulher precisa ter cuidado para não engravidar, pois os medicamentos da quimioterapia podem causar má-formação no feto.

O paciente em tratamento que tiver febre por mais de duas horas, apresentar manchas vermelhas pelo corpo, dor ou ardência ao urinar, dores pelo corpo inexistentes antes do tratamento, sangramentos que não param, falta de ar ou dificuldade em respirar e diarreia por mais de dois dias, deverá procurar o hospital imediatamente.



Hoje em dia, com a grande exposição de pessoas famosas que fazem o tratamento, os efeitos colaterais tornaram-se mais aceitáveis, imagine há vinte anos atrás o tamanho da comoção de uma mulher perder todo seu cabelo.

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