sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Para que serve o hímen?




O Hímen sempre foi cercado de mitos e tabus, afinal, mesmo para os dias de hoje, a virgindade ainda continua sendo um assunto extremamente polêmico, por toda a história, desde a antiguidade, o Hímen esteve presente (Ô pedacinho danado!), na Grécia antiga, garotas que perdiam a virgindade eram vendidas como escravas por arruinar a honra familiar. Na Roma imperial, um pai podia matar a filha e o homem que a seduziu se ela perdesse a virgindade antes do casamento. Até hoje, em alguns países árabes e africanos, mulheres são mutiladas ou apedrejadas por causa de um preconceito que, segundo antropólogos, vem desde a era neolítica, quando os homens começaram a domesticar animais e reprimir suas mulheres.

Um costume pra lá de indiscreto tomou conta do Brasil no século XIX. Após a primeira relação sexual, depois da cerimônia do casamento, o pai da noiva, orgulhosamente apresentava o lençol sujo de sangue, como prova da virgindade da filha. Era uma questão de honra. O hábito, que surgiu em Roma, no século II a.C., deixava literalmente as moças mais atiradas em maus lençóis, foi daí que surgiu a expressão: "Aquela não mostra os panos".

Na Idade Média existia uma lei que obrigava as moças virgens a terem sua primeira noite de sexo com o rei ou o dono da propriedade onde eles moravam. Já em algumas tribos primitivas, o "jus primae noctis" ou "direito à primeira noite", pertencia ao pai da noiva, simbolizando, presumivelmente, sua autoridade.

Segundo o livro "O Tabu da Virgindade", de Freud, na Austrália existia uma tribo que tinha por hábito perfurar o hímen das jovens virgens. O serviço ficava à cargo de uma mulher idosa. Curiosamente no Brasil, os índios Tucanos também tinham este costume, que era feito através da introdução na vagina dos dedos de um ancião impotente. Já na Malásia, os pais eram os responsáveis pela ruptura e na Índia a noiva rompia seu hímen utilizando uma espécie de língua de madeira.


No Oriente Médio, a moça que casar sem ser virgem pode ser assassinada pela família, pois é considerada uma desonra para ela. 

Aliás, nem precisamos ir muito longe para encontrarmos casos absurdos de discriminação. Você sabia que o Código Civil brasileiro permitia que o marido desfizesse o casamento caso percebesse que a mulher não era virgem? Isto só foi mudado em 2001.


Com tantas tradições e preconceito, presume-se que ele tenha um papel importante, além da honra familiar. Afinal, para que serve o Hímen?





Pra nada! isto mesmo, biologicamente ele não serve para nada. 

"Ele não tem função orgânica, não serve para proteger de infecções, não faz diferença alguma. Ele apenas existe, anatomicamente, na vagina da mulher", explica Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga coordenadora do Centro de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Pode até ser que essa película, presente na entrada do canal vaginal, ajude a prevenir infecções genitais em crianças, mas nada cientificamente comprovado. Na verdade essa película é um fragmento que resta do processo de desenvolvimento da vagina ainda na fase embrionária. Durante o desenvolvimento do feto, a vagina é como um tubo sólido (fechado), que ao longo dos meses vai sendo reabsorvido, tornando-se um tubo oco como originalmente conhecemos. Essa membrana, na maioria das vezes, não desaparece totalmente, formando uma membrana fina e elástica na base dos pequenos lábios que tapa, parcial ou completamente, a entrada da vagina virgem ou a rodeia como um anel rugoso, estreitando a entrada.

A membrana não possui terminações nervosas, e por isso, não dói. A dor que uma garota pode sentir nas primeiras relações sexuais é, na verdade, devido ao estiramento da vagina, que passou a vida toda em repouso. A pele e os músculos vaginais doem porque ficam mais estirados para acoplar o pênis. É a primeira vez que esses músculos se mexem. E por isso é normal doer.

Entretanto, o hímen pode sangrar quando é rompido. Às vezes, ele não se rompe totalmente, e por isso, o sangramento pode ocorrer não só na primeira relação sexual, como também nas seguintes. A intensidade e o número de sangramentos dependem do tipo de hímen de cada mulher.



Apesar de ser usado para indicar virgindade, ele nem sempre é rompido com a relação sexual. Absorvente interno, andar de bicicleta, masturbação e outros motivos também podem perfurá-lo. Além disso, somente algumas mulheres apresentam sangramento quando o hímen se rompe, já que isso depende da quantidade de vasos sanguíneos que irrigam a membrana, o que varia de pessoa para pessoa.

Conheça os tipos de Hímen e suas características, existem, basicamente, cinco tipos. 


  • O mais comum é o anular, que, como o nome diz, tem formato de anel, o furo no meio permite a passagem da menstruação. 


  • O hímen septado tem uma pele no meio do furo e é mais resistente. Ele pode incomodar mais na primeira relação, mas não provoca dor. 


  • O complacente é flexível e pode ser rompido aos poucos, durante as primeiras relações sexuais, ás vezes, só é rompido na hora do parto normal.


  • O cribriforme, que contém vários buraquinhos que deixam passar a menstruação, e é ainda mais resistente.


  • Só que nenhum deles vence a resistência do hímen imperfurado, o tipo mais raro de todos. Ele não deixa o fluxo menstrual passar e deve ser retirado através de intervenção cirúrgica.


Existe o mito de que uma mulher depois de perder a virgindade, os seios aumentam, a cintura afina, o quadril alarga e as coxas engrossam, homens tendem a olhar estas diferenças para saber se a menina é virgem ou não, tudo isto é besteira!

O sexo não muda o corpo de ninguém. O que ocorre é que geralmente as meninas iniciam sua vida sexual na adolescência, quando os hormônios estão a mil e o organismo está mudando naturalmente. Essas mudanças vêm mesmo que ela não transe, se esperar para perder a virgindade com 30 anos, por exemplo, vai passar pelas mesmas transformações físicas que a garota que transa desde os 13, com ou sem sexo, estas mudanças rolam na adolescência.

O assunto é tão polêmico que a cirurgia de "revirginamento" está cada vez mais famosa. 

A Hímenoplastia, uma operação que permite a restauração do hímen e, em alguns casos, a restauração social que é perdida juntamente com a virgindade, em países que ainda mantém rígidas regras para estes casos.

Segundo os cirurgiões, a intervenção mais escolhida é aquela que recupera o hímen através de vestígios do hímen original. Já para as mulheres que tiveram perda total, existe uma técnica chamada "prótese biológica", onde além da reconstrução pode ser usada uma cápsula gelatinosa que contém uma substância vermelha, semelhante ao sangue, para dar um "toque especial" no momento do ato.



Quanto vale a Virgindade?

Ainda tem, aquelas que, nos dias de hoje, aproveitam este pedacinho pequeno, mas polêmico, para fazer fama e dinheiro, planejando uma renda para pagar estudos, cobrir despesas da doença de alguém ou simplesmente, fazer marketing para um filme pornô. Imagina, se isto desse em árvore? ia vender mais do que farinha no meio da feira!



                                   


Independente da serventia do Hímen, vale ressaltar que no final das contas, o que deve prevalecer é o sentimento, acima de qualquer costume!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dicas úteis e Noticias - Tudo sobre Atualidades